.+. 13 setembro, 2005 .+.

Cravos Brancos na Tua Sepultura

Amanhã fazes anos. Fazias ou fazes. Já nem sei. Agora não importa. Nada de nada importa. Amanhã fazes anos. E eu vou ver-te após 5meses e uns quantos dias. Não os quero contar. É quase meio ano. Á quase meio ano que morreste. Mas nunca te esqueci. Nem vou esquecer. Todos os dias pensei em Ti! Tu sabes que sim...

Tenho medo. Amanhã vou ver aquela areia triste que cobre o teu caixão. Vou relembrar o dia em que o teu montinho teve cheinho de flores bonitas. Tantas que eram. Só para ti. Havias de ter gostado de ver tantas. Ninguém se esqueceu de ti. Ninguém. E eu vou lembrar-me de ti para todo o sempre do meu ser. Até acabar a minha existência como a tua acabou.

Quero que as minhas netas se despeçam de mim como eu o fiz contigo sabendo que nunca mais te iria ver a respirar. Aqueles dias foram negros. Tão negros que nunca os esquecerei. Pesadelos? Eram muitos e muitos...

Espera... fui-me assoar. Isto de chorar ao computador cegados pelas nossas próprias lágrimas. Emocionados com as nossa próprias palavras é estúpido. Mas acontece...
Ás vezes assutu-me quando reparo e vejo bem o quanto me afectas-te. É... foi muito mesmo. Nem eu própria esperei que fosse tanto assim. Mas foi. Afinal sou fraquinha.

Mudei muito eu sei que mudei. Não faltaram dedos pra me apontar isso. Mas... Não consegui evitar tornar-me mais fria. Só não quero sofrer tanto de novo. Envolvi o meu coração em pedra. Sem querer. Foi como uma auto-defesa. Desculpem...

Fui eu quem lhe tirou a aliança do dedo, e os brincos antes dela ir pró hospital pra morrer. Fui eu quem teve lá 1.30h a segurar.lhe na cabeça antes de ela sair da nossa casa e nunca mais voltar. Fui eu que a meio da conversa me rebentei em lágrimas e lhe disse que gostava muito dela e que tinha muito medo. Ela sorrio com ternura, abraçou-me e disse baixinho:

"A avó também gosta muito de ti."


Oh... Quero sentir aquele teu cheiro outra vez. E rir-me das tuas falhas de memória e dos teus bocejos. Sinto tanto a tua falta... Tanto Tanto...

Amanhã a Guga vai-te ver pela primeira vez. Ver-te a ti não. Ao teu montinho. Tenho medo. Ela ainda é tão pequenina de cabeça. Eu tentei protege-la tanto deste momento. Ela ainda não o encarou fisicamente. Não te viu naquele caixão aberto com as flores ao peito. Não viu nada como eu vi. Não sentiu aquela vontade de mesmo estando morta te agarrar na mão com força como eu senti. Mas tive medo. Tanto medo. E esse medo voltou de novo. Agora sinto-o. E começo a chorar mal me lembro dela. Como fazia dantes. Tenho medo de viver...

Por favor vem dar-me o teu beijinho de boa noite depois de eu adormecer como disseste que virias. Por favor vem...

.+.Por Luisa 12:27 da tarde
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