.+. 03 maio, 2006 .+.


As pessoas as vezes sao mas. Todas. As vezes. E sem excepcao.
As pessoas as vezes sofrem. Todas. As vezes. E sem excepcao.

Poderia continuar estas 'lista' ate a eternidade.. Mas. Mas nada.
O que eu queria mesmo dizer e tentar-vos infelizmente fazer sentir e aquela sensacao de panico constante. Nao e tanto panico. E medo! Medo e panico acho eu.
Quando nos sentimos a cair. Literalmente a cair. E vemos que ninguem nos vai agarrar. Ninguem se importa sinceramente.. Esta sensacao e muito mais que isso.
E um autentico murro n estomago. Sim sente-se mesmo um murro. Eu plo menos sinto.
E a sensacao mais violenta que alguma vez tive.. E e tudo psicologico.
Sinto que me estao a asfixiar a alma sei la. Da vontade de gritar.
Gritar nao. Berrar! Porque a dor e tanta. E tao concentrada. Esta toda no coracao e o resto e vazio. Por isso doi-nos a barriga. E vem dai a dor do murro.
E como se nos enfiassem punhos pela barriga acima quando estamos em jejum.
Mas e enfia-los com muita força ate nos sair sangue pela boca.
E isso que eu sinto agora. E que tenho sentido nos ultimos tempos. O que nao e normal.
Visto so o ter sentido uma vez. Ha um ano e picos.
Mas ai perdi. E senti que perdi. Tambem pudera..
Depois de saber da morte dela. Obrigaram-me a ligar a Barbara para lhe dizer onde e quando seria o enterro. Tinha eu acabado de receber a noticia.
Liguei-lhe entao. Estava-me a sentir tao pesada. Tao triste.
Assim que ouvi a voz desta minha 'amiga' tenta fazer forca e controlar as lagrimas que quase me desfaziam os olhos de tantas que eram a tentar sair. Segurei-me.
Mas nao por muito..
Ouvi-a a falar em tom de pena enquanto ouvia os meus suave gemidos enquanto tentava enganar-me a mim mesma, repetindo-me mentalmente de que era forte. Mas nao era.
Nunca fui.
Tentei continuar a falar. E nao sei como. Nem sei de onde. Nem porque.
Gritei. Mas gritei mesmo. Acho que nunca tinha gritado assim.
Saiu de mim mas nao fui eu. Nao me lembro do meu cérebro ter mandado a minha boca ter largado tal gemido.
O facto e que ele saiu.
Depois agarraram-me como uma louca e arrancaram-me o telefone da mao, enquanto eu chorava baixinho. Senti que tinham vergonha de mim por ter feito aquela figura.
Mas nao fui eu.. Nao fui!!!
Ela pediu muitas desculpas a Barbara. Como se eu fosse uma crianca que tivesse rasgado a revista ou desenhado na parede. Desligou.
Olhou para mim com um ar de desprezo que nunca hei-de conseguir sequer descrever.
Disse-me para eu parar com as fitas. E saiu.

.+.Por Luisa 10:50 da tarde
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